,

,
.

domingo, 31 de julho de 2011

Áreas Estratégicas para a Conservação da Biodiversidade do Paraná

Por: Kellyton
(matéria publicada no sitio do Instituto Ambiental do Paraná)

No Paraná está sendo implementada uma ferramenta para gestão ambiental com base no planejamento da paisagem, delimitando as áreas de maior importância para a biodiversidade paranaense. Este projeto visa a conservação dos remanescentes florestais e a restauração de áreas para a formação de corredores ecológicos. Para implementar estas ações é necessário um esforço conjunto envolvendo o governo, empresas e sociedade civil, garantindo incentivos e o reconhecimento aos proprietários que conservam suas áreas naturais. Para a realização do mapeamento, além das análises de imagens de satélite (INPE 2008) foram consideradas as análise de pesquisadores do Paraná, relativa ao habitat de espécies ameaçadas de extinção (lista de pesquisadores abaixo) bem como inseridos os seguintes estudos:

1. Áreas Prioritárias para a Biodiversidade, estudo realizado pelo Ministério do Meio Ambiente – MMA;
2. O projeto Rede da Biodiversidade;
3. O Sistema Estadual e Federal de Unidades de Conservação, como Parques, Estações Ecológicas e outras Unidades de Conservação existentes no Paraná e seus entornos protetivos (faixa de amortecimento);
4. As “Áreas Prioritárias do Paraná” definidas no Decreto Estadual Nº 3.320, de 12 de julho de 2004, SISLEG – Reserva Legal

São portanto entorno das unidades de conservação de proteção integral; Áreas de Proteção Ambiental (APAs); Corredores de biodiversidade do Paraná – uma faixa de 5km de cada margem dos rios Cinzas, Tibagi, Iguaçu, Piquiri, Ivaí e Paraná E, as conexões entre os “corredores” e as APAs.

Mais informações vale um clic no link do IAP: 

Abraços Coletivos!
Kellyton

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Projeto propõe criação de modelo bioregional na bacia do rio Paraná
O projeto Ações de Governança Participativa no Corredor de Biodiversidade do rio Paraná – Bioma Mata Atlântica tem como principal objetivo um criar um modelo de gestão bioregional integrado com base sustentável, considerando a biologia da conservação e o manejo da paisagem.  Proposto por um consórcio de instituições, o projeto está sendo construído participativamente com os setores da sociedade que trabalham com pesquisa científica, boas práticas de segurança alimentar e que possam potencializar e replicar estrategicamente as ações de conservação e a autogestão. 
O modelo de gestão adotado é o bioregional, integrado com base sustentável, tendo em vista a biologia da conservação e o manejo da paisagem.
Para o consórcio que administra o Corredor, não há espaços nem tempo para ações unilaterais. A meta é a construção de uma visão integrada dos processos ecológicos como o manejo da paisagem, a sustentabilidade socioambiental e a gestão participativa territorial.
Para isso, a base conceitual do projeto está sustentada nas seguintes diretrizes:
Considerar os processos ecológicos “chaves” para a conservação dentro da teoria de diversidade ecológica e usar espécies indicadoras - os detetives ecológicos - para o monitoramento de microcorredores.
A decisão sobre o desenho do corredor irá considerar os aspectos socioeconômicos, a fim de garantir uma delimitação que expresse toda a essência e as características daquele espaço.
O planejamento e a execução das ações serão realizados em conjunto com os diferentes atores sociais, criando um novo modelo de gestão territorial a partir dos espaços sociopolíticos de participação. 
Potencializar e replicar experiências bem sucedidas de Sistemas Agroflorestais (SAFs) - através da capacitação e formação de multiplicadores -, como mecanismo de formação de ilhas de biodiversidade, conectividade da paisagem, fixação de carbono, segurança alimentar, renda familiar e qualidade de vida.
O sistema hídrico será utilizado como referência de planejamento, execução e integração das ações.
O retrato atual da Mata Atlântica na região do Corredor está caracterizado por fragmentos florestais de diversos tamanhos e formas, isolados e desconectados. Muitos estão protegidos na forma de unidades de conservação e cercados de um mosaico variado de uso do solo. 
Vários fatores contribuíram para a degradação excessiva da Mata Atlântica, como a utilização em larga escala do carbono pelas indústrias - enquanto matriz energética -, até a expansão da fronteira agrícola e modernização da agricultura, que acarretou em severos danos socioambientais. 
A manutenção da floresta é importantíssima para o meio ambiente e também para a nossa sobrevivência. Pesquisadores e instituições ambientais consideram os processos ecológicos, a quantidade de endemismo, o número de espécies, a influência sobre o clima e a diversidade biológica essenciais à sobrevivência do nosso Planeta.
A área de influência do Corredor da Biodiversidade situa-se na porção oeste da bacia hidrográfica do Paraná, concentra 32% da população nacional e é o maior em desenvolvimento econômico do país.
As instituições consorciadas do projeto são o Instituto Maytenus, proponente do projeto, Apoena - Associação em Defesa do rio Paraná, Afluentes e Mata Ciliar, CESP – Companhia Energética de São Paulo, IPÊ - Instituto de Pesquisas Ecológicas, Itaipu Binacional, Mater Natura, Pró-Carnívoros e  Secretaria do Meio Ambiente do Paraná – SEMA/IAP.  O projeto é financiado pelo Ministério do Meio Ambiente por meio do Programa Demonstrativo da Mata Atlântica – PDA /PPG7 – Componente “Mata Atlântica”.
Ambientalistas mapeiam corredor de biodiversidade do rio Paraná

Por: Djalma Weffort

Projeto conta com o apoio do Programa Demonstrativo da Mata Atlântica, o PDA do Ministério do Meio Ambiente

ONGs, organizações governamentais, institutos e universidades, reunidos, em 7 e 8 de julho, na Estação Ecológica Caiuá, em Diamante do Norte, no Paraná, aprovaram o mapa que define os limites e as áreas prioritárias para conservação do Corredor de Biodiversidade do rio Paraná. A elaboração do mapa é uma das metas do projeto ‘Governança Participativa no Corredor de Biodiversidade do rio Paraná – Bioma Mata Atlântica’, desenvolvido por consórcio de instituições e rede gestora, com o apoio do Programa Demonstrativo da Mata Atlântica – PDA, do Ministério do Meio Ambiente – MMA.

De acordo com o técnico agrícola, Jair Pelegrin, da instituição proponente do projeto, o Instituto Maytenus, o corredor é um dos principais projetos ambientais em andamento no País “porque propõe planejar a paisagem que interliga a bacia do rio Paraná às florestas de araucária, a leste, e ao Pantanal, a oeste.”

Para traçar os limites do corredor, os técnicos do projeto trabalharam com vários mapas, entre os quais, o uso do solo, socioeconomia, remanescentes florestais, unidades de conservação e áreas indígenas. “Utilizamos ainda o ‘mapa das onças’ que são supostamente os locais que os felinos preferem quando se deslocam de um ponto a outro na paisagem”, explica Pelegrin. Segundo ele, a utilização da onça-pintada (Panthera onca) como detetive ecológico, espécie criticamente ameaçada de extinção no país, “é o grande diferencial do projeto que fez a proposta ser bem-avaliada no MMA.”

Entre as áreas prioritárias para a formação de corredores ecológicos ficaram definidos a conexão entre o Parque Estadual do Ivinhema e a Estação Ecológica Caiuá, entre os estados de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul e a ligação entre o Parque Estadual do rio do Peixe e a Reserva Florestal da Lagoa São Paulo, em São Paulo. Entre as áreas em teste, para futura análise de prioridade, os participantes da oficina elegeram o trecho entre o eixo da barragem de Porto Primavera e o Parque Estadual do Ivinhema, que compreende os varjões da APA das Ilhas e Várzeas do rio Paraná, na região da tríplice fronteira entre São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul, entre outras áreas testes.